Conheço uma senhora cujo marido faleceu a um par de anos, companheiro de 40 e muitos anos de vida, que me confessava entre lágrimas que esperava que a morte também a vizitasse rapidamente. Não suportava a vida solitária que agora tinha. O facto de nunca terem tido filhos aumentava-lhe a solidão.
Aos poucos foi participando em actividades com outros do mesmo grupo etário e hoje é frequente encontrá-la mais alegre.
Conseguiu superar a solidão e a depressão que se seguiu ao desaparecimento do marido e encontrar uma outra vida.
Causa-me alguma confusão a leitura da notícia de que o conhecido maestro inglês Edward Downes, de 85 anos e a sua mulher Joan Downes, de 74 anos cometeram o suicídio assistido numa clínica suíça. Não sei se existem razões para os suicídios, mas ele aos poucos começara a ficar cego e a perder a audição e ela por razões sentimentais.
Sinto-me divido nesta questão da eutanásia.
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