Os comunistas vêem o abandono da ideia de coligações eleitorais em 2009, por parte do PS, como uma desorientação estratégica dos socialistas. A expressão não é assumida por Edgar Silva, mas é o que resulta claro das suas palavras.
O líder do PCP reage às declarações de João Carlos Gouveia, no encerramento do Congresso da JS-M, da seguinte forma: "Consideramos que é uma questão interna do PS, que, se calhar, ainda não está devidamente equacionada." Edgar Silva acrescenta que o seu partido vai aguardar para ver.
O PCP lembra que os congressos são os momentos escolhidos pelos partidos, não só para definirem os novos órgãos partidários, mas também para encontrarem linhas estratégicas. No último congresso do PS, há menos de um ano, em Julho de 2007, o PCP diz ter estado no encerramento e ouvido os socialistas dizerem o contrário do que agora afirmam.
Edgar Silva nega que esteja a acusar o PS de instabilidade. "Não se trata de uma acusação. É uma posição que tem bem presente as decisões tornadas públicas" pelos socialistas.
Em várias ocasiões tem sido referida a possibilidade e até o desejo de haver coligações, essencialmente de esquerda. Até agora isso nunca aconteceu.
Ainda recentemente, foi colocada a possibilidade de haver comemorações conjuntas no 25 de Abril, o que serviria de antecâmara de coligações futuras. A ideia foi abandonada, com o PS e o BE a acusarem o PCP de ser responsável por esse desfecho. Os comunistas vieram explicar que não podiam estar num dia a combater as políticas do Governo do PS e, no dia seguinte, estarem em cima de um palco com os elementos desse mesmo PS.
No congresso da JS, deste fim-de-semana, Gouveia disse que a única coligação admitida para 2009 era com os jovens socialistas, a quem prometeu lugares de destaque nas listas eleitorais.
O exemplo de desunião em gaula
O processo eleitoral em curso para a Junta de Freguesia de Gaula é mais um exemplo da incapacidade da esquerda para se unir em torno de um projecto.
Depois de Filipe e Élvio Sousa decidirem formar uma lista de independentes, o PS anunciou que também ia apresentar uma candidatura.
A dúvida, à esquerda, residia em saber a posição a adoptar pelo BE e pelo PCP.
O BE decidiu apoiar a lista de independentes, por considerar que essa era a melhor forma para evitar o reforço de poder do PSD.
O PCP entendeu que esse objectivo passava pela apresentação de uma candidatura própria, o que se concretizou.
À direita só uma candidatura, a do PSD. O PP também resolveu apoiar os independentes.
Diário de Notícias | Élvio Passos
O líder do PCP reage às declarações de João Carlos Gouveia, no encerramento do Congresso da JS-M, da seguinte forma: "Consideramos que é uma questão interna do PS, que, se calhar, ainda não está devidamente equacionada." Edgar Silva acrescenta que o seu partido vai aguardar para ver.
O PCP lembra que os congressos são os momentos escolhidos pelos partidos, não só para definirem os novos órgãos partidários, mas também para encontrarem linhas estratégicas. No último congresso do PS, há menos de um ano, em Julho de 2007, o PCP diz ter estado no encerramento e ouvido os socialistas dizerem o contrário do que agora afirmam.
Edgar Silva nega que esteja a acusar o PS de instabilidade. "Não se trata de uma acusação. É uma posição que tem bem presente as decisões tornadas públicas" pelos socialistas.
Em várias ocasiões tem sido referida a possibilidade e até o desejo de haver coligações, essencialmente de esquerda. Até agora isso nunca aconteceu.
Ainda recentemente, foi colocada a possibilidade de haver comemorações conjuntas no 25 de Abril, o que serviria de antecâmara de coligações futuras. A ideia foi abandonada, com o PS e o BE a acusarem o PCP de ser responsável por esse desfecho. Os comunistas vieram explicar que não podiam estar num dia a combater as políticas do Governo do PS e, no dia seguinte, estarem em cima de um palco com os elementos desse mesmo PS.
No congresso da JS, deste fim-de-semana, Gouveia disse que a única coligação admitida para 2009 era com os jovens socialistas, a quem prometeu lugares de destaque nas listas eleitorais.
O exemplo de desunião em gaula
O processo eleitoral em curso para a Junta de Freguesia de Gaula é mais um exemplo da incapacidade da esquerda para se unir em torno de um projecto.
Depois de Filipe e Élvio Sousa decidirem formar uma lista de independentes, o PS anunciou que também ia apresentar uma candidatura.
A dúvida, à esquerda, residia em saber a posição a adoptar pelo BE e pelo PCP.
O BE decidiu apoiar a lista de independentes, por considerar que essa era a melhor forma para evitar o reforço de poder do PSD.
O PCP entendeu que esse objectivo passava pela apresentação de uma candidatura própria, o que se concretizou.
À direita só uma candidatura, a do PSD. O PP também resolveu apoiar os independentes.
Diário de Notícias | Élvio Passos
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