Há semanas que vemos nos jornais e nas televisões o arrastar de umas supostas negociações entre uma laboriosa Comissão de Trabalhadores e a administração da Autoeuropa, depois rejeitadas em referendo pelos trabalhadores.
A solidariedade e a constante cedência dos seus direitos (não confundir com privilégios), determinaram que os trabalhadores rejeitassem um acordo de alargamento do seu período laboral.
A Volkswagen pretende há algum tempo abandonar Portugal e a fábrica da Autoeuropa. Mas os compromissos assinados com o Estado têm dificultado a partida e agora a todo o custo procura problemas com a parte mais fraca de todas as negociações, os trabalhadores, de modo a justificar a partida para outro país com mão-de-obra ainda mais barata que a portuguesa.
Não é o factor de custo de mão-de-obra e uns sábados de trabalho a razão para tanto alarido da administração, pois no cômputo geral dos custos de produção, representa apenas 5 por cento e esta medida deveria representar uns 0,00?%.
O aumento da jornada de trabalho não é compreensível, quando nada prevê nos próximos tempos aumentos significativos de produção. A comprovar isto é verificar a medida de layoff anunciada pela administração.
O que os trabalhadores estão a dizer é que o problema da Autoeuropa não são os seus salários nem os seus direitos, por isso recusam qualquer compromisso que atente contra estes princípios.
Existe tanto por onde reduzir custos, nomeadamente os prémios e salários da administração da Volkswagen, como os anunciados pela Der Spiegel: Martin Winterkorn aumentou o seu rendimento anual de 5,1 para 12,7 milhões de euros em 2008; Hans Dieter Potsch de 2,7 para 9,5 milhões; Francisco Garcia passa de 2,9 para 9,5 milhões de euros, enquanto que Jochem Heizmanm vê o seu rendimento anual passar de 2,6 para 6,9 milhões. Horst Neumann fica-se pelos 6,8 milhões, quando antes auferia 2,7. Ou seja, a remuneração dos cinco principais gestores aumentou de cerca de 16,5 milhões, em 2007, para 45,5 milhões no ano seguinte.
Alguns tribunos da comunicação social lamentam a rejeição do pré-acordo e acusam os trabalhadores de terem mais barriga que olhos. Dizem ainda que estas centenas de trabalhadores passaram pela sede do PCP onde foram instruídos a dizerem não. lol
Deviam ter apreendido com as Quimondas deste e de outros países, onde ficou explícito que os trabalhadores são descartáveis, apesar de enorme dedicação às empresas. Que engordaram com os subsídios e facilidades oferecidas ao longo destes anos.
Estas empresas se não forem instruídas dão-se a um comportamento como os gafanhotos, que devoram tudo por onde passam.
É este comportamento que move a administração da Volkswagen/Autoeuropa.
A solidariedade e a constante cedência dos seus direitos (não confundir com privilégios), determinaram que os trabalhadores rejeitassem um acordo de alargamento do seu período laboral.
A Volkswagen pretende há algum tempo abandonar Portugal e a fábrica da Autoeuropa. Mas os compromissos assinados com o Estado têm dificultado a partida e agora a todo o custo procura problemas com a parte mais fraca de todas as negociações, os trabalhadores, de modo a justificar a partida para outro país com mão-de-obra ainda mais barata que a portuguesa.
Não é o factor de custo de mão-de-obra e uns sábados de trabalho a razão para tanto alarido da administração, pois no cômputo geral dos custos de produção, representa apenas 5 por cento e esta medida deveria representar uns 0,00?%.
O aumento da jornada de trabalho não é compreensível, quando nada prevê nos próximos tempos aumentos significativos de produção. A comprovar isto é verificar a medida de layoff anunciada pela administração.
O que os trabalhadores estão a dizer é que o problema da Autoeuropa não são os seus salários nem os seus direitos, por isso recusam qualquer compromisso que atente contra estes princípios.
Existe tanto por onde reduzir custos, nomeadamente os prémios e salários da administração da Volkswagen, como os anunciados pela Der Spiegel: Martin Winterkorn aumentou o seu rendimento anual de 5,1 para 12,7 milhões de euros em 2008; Hans Dieter Potsch de 2,7 para 9,5 milhões; Francisco Garcia passa de 2,9 para 9,5 milhões de euros, enquanto que Jochem Heizmanm vê o seu rendimento anual passar de 2,6 para 6,9 milhões. Horst Neumann fica-se pelos 6,8 milhões, quando antes auferia 2,7. Ou seja, a remuneração dos cinco principais gestores aumentou de cerca de 16,5 milhões, em 2007, para 45,5 milhões no ano seguinte.
Alguns tribunos da comunicação social lamentam a rejeição do pré-acordo e acusam os trabalhadores de terem mais barriga que olhos. Dizem ainda que estas centenas de trabalhadores passaram pela sede do PCP onde foram instruídos a dizerem não. lol
Deviam ter apreendido com as Quimondas deste e de outros países, onde ficou explícito que os trabalhadores são descartáveis, apesar de enorme dedicação às empresas. Que engordaram com os subsídios e facilidades oferecidas ao longo destes anos.
Estas empresas se não forem instruídas dão-se a um comportamento como os gafanhotos, que devoram tudo por onde passam.
É este comportamento que move a administração da Volkswagen/Autoeuropa.
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