Álcool

Quando se procura legislar sobre aspectos que constituem avanços fundamentais na saúde, surgem os novos moralistas a avisar dos enormes perigos de tais medidas.

Falo da proposta do Instituto da Droga e da Toxicodependência de elevar dos 16 para os 18 anos a idade legal mínima para consumir álcool. 

António Fonseca, presidente da Associação de Bares e Discotecas do Porto considera difícil controlar a venda de bebida a menores e que esta medida "vai ter um efeito perverso, provocando um aumento brutal na ingestão de bebidas alcoólicas por parte dos jovens". Que preocupados estão eles com os nossos jovens!

Na entrevista ao DN Lisboa, expõe as verdadeiras razões para discordar: as festas de garagem vão prosperar e "quem vai lucrar com isto são os supermercados e as estações de serviço. Serão este locais que vão abastecer essas festas privadas. Continua ele dizendo que "será inevitável a proibição de menores de 18 anos frequentarem bares e discotecas, o que originará conflitos sociais e perdas de clientes, uma vez que os jovens a partir dos 16 anos são os principais clientes das casas de diversão nocturna".