quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A Aristocracia dos CTT

Os CTT – Correios de Portugal são uma empresa pública que, como todos sabemos, necessita de uma reestruturação de forma a servir melhor os utentes e melhor responder à concorrencia de empresas quase todas elas de capital externo.
Mas a cartilha seguida para efectuar esta reorganização é sempre à custa dos trabalhadores e dos seus direitos.
Tem sido assim há muitos anos e a actual administração, seguindo o modelo do governo neoliberal de Sócrates, pretende ainda mais enclausurar e sonegar os direitos dos trabalhadores e de quem os defende.
Sugerimos que sejam primeiro reveladas os privilégios, remunerações e bónus que são entregues aos administradores e compare com as "insenções de horários" que alguns trabalhadores sindicalistas auferem. Quando falamos em alguns trabalhadores, cerca de 103, não deveremos esquecer que os CTT têm um universo de cerca de 16000 trabalhadores e que o rácio por cada dirigente sindical é de mais de 150 trabalhadores. Quantos dirigentes da empresa têm tantos trabalhadores afectos à suas divisões?
É triste que a administração venha agora esgrimir com números de trabalhadores sindicalistas e a atentar contra os que se oposeram ao seu Acordo de Empresa, atirando-os aos leões de uma comunicação social hávida por sangue.
Não esquecer os negócios imobiliários efectuados pela administração dos CTT nos últimos anos e tirem a conclusão de quem é afinal a aristocracia da empresa.

Sem comentários: